Já percebeu como o tema segurança na internet ganhou mais relevância de uns tempos para cá?
A preocupação com a cibersegurança vem tirando o sono de muitos empreendedores, quando paramos para analisar a transformação digital em que vivemos. Tudo está conectado, inclusive, dados que precisam ser protegidos.
Se antes o uso de antivírus era a única medida de cibersegurança adotada pelas empresas, com a sofisticação dos ciberataques é preciso ir além. Afinal, não só a receita, mas a privacidade de dados dos clientes também está em jogo.
Dois casos que ilustram bem isso foram as invasões ocorridas no Facebook e no site e aplicativo da British Airways em 2018. O vazamento massivo de dados, nas duas ocasiões, trouxeram sérios prejuízos para as duas gigantes. E com isso, acenderam o alerta vermelho da cibersegurança também no Brasil.
Vale lembrar que, em 2017, mais de 250 empresas do país foram afetadas pelo ataque global de hackers que disseminaram o vírus WannaCry. Uma espécie de sequestrador de informações de empresas.
Segundo dados da Allianz Global Corporate, hoje os ataques hackers são mais temidos até mesmo que a inflação e a austeridade entre as empresas brasileiras. E não é para menos: de acordo com um relatório global divulgado pela Symantec recentemente, o Brasil é o terceiro país que mais recebe ciberataques do mundo.
A tecnologia traz muitas oportunidades, sem dúvidas, mas os números mostram que ela também pode criar vulnerabilidades. Por isso, é importante estar alerta sobre os perigos que as empresas correm quando não protegem os seus dados corporativos.
Entenda melhor sobre cibersegurança e como ela pode impactar a saúde dos seus negócios a seguir. Também vou mostrar as principais causas da falta de investimento no setor, as consequências dos ataques virtuais e como proteger sua organização. Vem comigo?
Afinal, o que é cibersegurança?
Cibersegurança é o conjunto de boas práticas para proteger computadores, dados, programas, redes e os próprios usuários de ataques virtuais. Ou seja, é ela que garante que a avalanche de dados trocados a cada segundo na internet estejam seguros.
Por isso, envolve o uso de ferramentas tecnológicas que vão além da instalação de um antivírus.
Para que serve?
Para prevenir, detectar e combater ataques virtuais a computadores, programas, redes e sistemas. Uma forma de preservar informações estratégicas das empresas e também a base de dados de clientes, colaboradores, fornecedores e parceiros.
Todo cuidado é pouco na hora de proteger dados corporativos

291 dados são perdidos ou roubados a cada segundo em todo o mundo. Isso significa que 25 milhões de dados são ameaçados diariamente. Os números, divulgados pela Gemalto, mostram que o desafio está aí e é mundial.
Curiosidade à parte, o inimigo pode até morar ao lado: segundo pesquisa global recente de cibersegurança da PwC, os colaboradores continuam sendo a principal origem de incidentes virtuais.
Já pensou sobre as consequências que a rede de computadores da sua empresa sofreria se fosse invadida?
O roubo de senhas e de informações sigilosas são apenas alguns dos problemas que invasões de hackers podem trazer à tona. Muitas vezes, os danos são irreversíveis. E não é isso o que você quer para a sua empresa, certo?
4. Mas por que a cibersegurança ainda está fora da rota de muitas empresas?
Considerando que apenas 4% das empresas estão prontas para enfrentar ameaças virtuais, segundo dados da Ernst & Young, várias explicações podem responder a essa pergunta.
Mas, a partir da minha experiência com transformação digital, vejo que existem quatro problemas que afastam a cibersegurança do dia a dia empresarial:
- ausência de profissionais qualificados para lidar com ela;
- falta de recursos financeiros para investir em softwares de segurança digital;
- falta de iniciativa para assumir essa responsabilidade;
- e, principalmente, falta de prioridade.
Outro fator que dificulta ainda mais as coisas é que ataques virtuais evoluem muito rápido. Por isso, desenvolver uma abordagem preventiva e fazer o monitoramento contínuo de ameaças é fundamental.
E por que isso é um erro?
Algumas empresas acreditam que o investimento em cibersegurança não traz ROI (Retorno sobre o Investimento). E só mudam de visão quando as ameaças aparecem. Um problema que complica ainda mais devido à ausência de leis aplicadas à segurança da informação.
Fique por dentro das três principais consequências de um ataque virtual imprevisto:
- perda de arquivos;
- perda de credibilidade diante dos clientes e do próprio público interno;
- prejuízos financeiros.
Percebe como a cibersegurança não deve ser negligenciada e sim priorizada?
Como começar a investir em cibersegurança?

Existem muitos caminhos para aumentar a segurança digital de uma empresa, mas a principal delas é a prevenção.
Aí vão algumas dicas de medidas preventivas básicas para aumentar a cibersegurança do seu negócio:
- criptografe os dados;
- evite abrir e-mails de desconhecidos e, principalmente, fazer download dos arquivos anexos;
- instale anti-spam, antivírus e firewall;
- mantenha os softwares de segurança atualizados;
- realize treinamentos internos para conscientizar os colaboradores sobre os riscos cibernéticos;
- e tenha um plano em mente e, de preferência, documentado, para saber como agir caso sofra um ataque.
Percebeu que o buraco é mais embaixo e está disposto a iniciar um planejamento preventivo de modo mais estruturado? Então, saiba que esse processo requer investimento, mas a boa notícia é que os benefícios são visíveis em curto prazo.
Confira um passo a passo para montar um plano de segurança cibernética a seguir:
- Defina as metas e os objetivos de segurança da sua empresa, incluindo a identificação dos ativos mais importantes;
- Realize o gerenciamento de riscos para identificar fraquezas e oportunidades de melhoria em sua infraestrutura de tecnologia da informação;
- Priorize a gestão de identidade para controlar o acesso dos colaboradores aos recursos disponíveis;
- Controle constantemente cada pacote que trafega em sua rede para entender até que ponto é seguro.
Como você pode perceber nesse conteúdo, o primeiro passo para a mudança é ter consciência sobre as consequência do problema. Depois, entender o funcionamento da sua infraestrutura tecnológica empresarial e suas vulnerabilidades.
Está se perguntando sobre o último? Não existe. Afinal, a segurança digital tem começo, mas não tem fim, está sempre se transformando. Quer saber mais sobre cibersegurança e outros assuntos que possam beneficiar a transformação digital do seu negócio? Assine a newsletter para receber mais conteúdos em primeira mão e até a próxima!